domingo, 29 de maio de 2011

A morte da IGREJA (Crônica de Luiz de Jesus)


Esta noite eu tive um sonho!
Sonhei que estava caminhando por uma estrada fria e sombria. E ao longo desta estrada reparei que logo a frente havia uma grande multidão. Fui me aproximando e vi que todos estavam em frente á um majestoso e lindo templo. Havia muitas pessoas chorando do lado de fora daquele templo, porém, ninguém podia entrar. Começou a se formar uma enorme fila para entrar naquele templo. Percebi que a grande multidão que ali se concentrava era evangélica. Havia crentes pentecostais, neo-pentecostais, tradicionais, pastores, bispos, apóstolos, corais, ministérios de louvor, cantores famosos e até simpatizantes, e isso muito me chamou a atenção. Me aproximei de um jovem que ali estava segurando uma guitarra e perguntei-lhe o que havia acontecido, pois no primeiro momento pensei que se tratava da morte de algum pastor conhecido. Ele com olhar lacrimejado e com ar de espanto me indagou:Você não está sabendo da última? - Eu lhe perguntei:- Que última? Ele começou a chorar e aos prantos me disse:- Mataram a Igreja. Eu fiquei estarrecido diante daquela notícia. Minhas pernas começaram a tremer e a fraquejar. Questionava comigo:
- Mas como mataram a Igreja? Ela era cheia de poder, tão cheia de vida, de milagres, ela era próspera, ela parecia tão saudável... tão forte... vitoriosa e crescia a cada dia. O jovem baixou a cabeça e não falou mais nada. E a cada minuto que se passava, a multidão ia aumentando. De repente alguém abre a porta daquele templo e um imenso tumulto começou a se formar ali. Um grande empurra, empurra. Todos queriam entrar para ver, para despedir daquela que outrora fora tão querida e tão amada, a Igreja. O templo era enorme, suntuoso. Havia um salão central onde estava um "formoso" caixão dourado. Havia uma imensa faixa aonde se lia "Aqui jaz a Igreja Evangélica Brasileira". O eco do choro ecoava por todo aquele templo. De repente, alguém entrou gritando:
- Pegaram o assassino da igreja, pegaram o assassino!!!Houve um grande alvoroço e todos saíram do templo para conferir a notícia. O fato se espalhou como um fogo e logo todos haviam abandonado o local, ficando ao lado do caixão apenas alguns líderes, que pareciam indiferentes com a morte da igreja. Ouvi alguns deles até praguejarem: “- Morreste tarde! Não precisamos de você. Sua mensagem era antiga e não nos motivava mais. E agora, seguiremos sem você.” Não acreditava que estava ouvindo isso de líderes, pois muitos deles eu os conhecia através do rádio e da TV. Saí para fora do templo e fui ver quem era o assassino. Ele estava preso dentro de um casebre de madeira conhecido como “House of Truth” que ficava na mesma rua do templo. Todos queriam conhecer quem era o assassino da igreja. Havia um senhor idoso chamado Kayrós, que estava controlando a entrada do casebre, pois a revolta era muito grande. Muitos bradavam gritos de violência como:- Morte ao assassino, morte ao assassino!!!O Sr. Kayrós pediu para que todos fizessem silêncio e que entrariam um de cada vez para conhecer o assassino da igreja. Alertou que muitos se assustariam ao conhecerem o assassino, pois era conhecido de todos. E assim foi entrando, um a um. Do mais antigo ao mais novato. Cada um que entrava, saía chorando convulsivamente. Eu não via a hora... estava chegando a minha vez... fiquei pensando quem seria o assassino da igreja? Quem poderia cometer tamanho desatino e provocar tanto choro desesperador? Será que foi algum ataque de adeptos de outra religião? Pensei comigo! Chegou a minha vez! Meu coração estava acelerado, a adrenalina á mil. Entrei no casebre! Não havia luz, mal se podia enxergar alguma coisa. O Sr. Kayros me apontou um quartinho no fundo e disse-me:- O assassino está ali!Me aproximei vagarosamente e assim que entrei naquele quartinho, minhas pernas bambearam... Não conseguia parar de chorar... Pensava que o assassino poderia ser qualquer um... menos... menos eu.... Isso mesmo, eu matei a igreja. Naquele quartinho havia um enorme espelho, aonde refletia não apenas a imagem de quem o olhava, mas também o caráter e a atitude de cada um com a igreja. O espelho refletia não apenas as obras que fizemos, mas as intenções e a maneira com as quais fizemos. Nós matamos a igreja!!! A tristeza era inconsolável naquele lugar. De repente surge ao fundo um nostálgico som de violino, todos se entreolham e com os ouvidos aguçados acompanham a melodia fúnebre. O silêncio invadiu o local. Um brilho começou a surgir naquele casebre sombrio e sua intensidade foi aumentando cada vez mais. No meio daquele brilho aparece uma senhora, aparentando seus 80 anos, cabelos branquinhos como um novelo de lã, usando uma capa preta de couro envelhecido. Ela olha para todos e abre um lindo sorriso... sorriso que contagia e encanta á todos de forma radiante. Ela traz consigo uma bolsa tiracolo e vai se aproximando da multidão... sem dizer nada... a cada pessoa que ela se aproxima sorrindo, ela dá uma pequenina luz, era como se fosse um grão de areia. O que me chamou a atenção é que nem todos estendiam a mão para receber a pequena luz. Mas ela continuava a distribuir... Eu peguei a minha! Como aquele casebre era escuro e por não haver iluminação, era notório ver aqueles pequenos grãos reluzentes ao longe, em vários pontos isolados. Na medida em que as pessoas que receberam a pequena luz se moviam, um rastro de luz era deixado. E quando duas pessoas se aproximavam, a luz aumentava. Alguém teve a iniciativa de chamar todos que tinham recebido o grão para que ficassem juntos... e no momento em que iam se agregando, a luz irradiava com um brilho mais vivo e pude perceber que embora as pessoas que haviam recebido os grãos eram bem menor do que o número de pessoas que rejeitaram a pequena luz, isso não impedia a intensidade do seu brilho. E quanto mais juntos ficávamos, mais iluminado ficava o ambiente. De repente aquele lugar se tornou um grande clarão. As partes escuras e sombrias, assim como aqueles que rejeitaram a pequenina luz, não foram achados ali. Não estávamos entendendo muito bem o que estava acontecendo ali, até que o Sr. Kayros gritou:- Pessoal olhem para mim!!!Todos nós com olhares fixos naquele velhinho aparentemente frágil, mas com muita altivez e autoridade nos disse:- Todos vocês que estão aqui, são os que receberam da Senhora Rhema a pequenina luz. (Até então não sabíamos o nome da velhinha de cabelos brancos e capa de couro preta.) Muitos a rejeitaram e não estão mais aqui. Vocês perceberam que cada um de vós, mesmo tendo recebido a pequenina luz, brilhava isoladamente, até que alguém teve a iniciativa de se ajuntarem. A união de vocês aconteceu de maneira natural... A Senhora Rhema não disse nada á vocês, ela apenas fez a sua parte. Na medida em que vocês receberam o logos (só então, descobri o nome da pedrinha brilhante) se uniram e a luz ficou tão intensa que as trevas que havia neste casebre se dissiparam, assim como, todos aqueles que optaram em permanecer nela. Hoje vocês fizeram uma descoberta que chocou á todos. Na medida em que valorizaram as coisas mais do que pessoas, se tornaram assassinos em potencial. Alguns de seus líderes tentaram transformar a igreja em um império, assim como, também no passado fizeram com o Senhor Jesus Cristo, o Salvador, que foi posto a duras provas na sua vida. Os adversários lhe exigiam que realizasse sinais espetaculares que provassem sua divindade. Queriam forçá-lo a tomar o caminho da ostentação; torná-lo rei poderoso. Insistente era o apelo sedutor das esperanças populares, cristalizadas no movimento político da época. Esperava-se um militar poderoso contra a opressão estrangeira e conquista do mundo. Mas Ele resistiu a tudo isso, porém, alguns de seus líderes e vocês ao contrário, deixaram se seduzirem pelo poder. Mas a Senhora Rhema deu a vocês a partir de hoje a oportunidade de ressuscitarem a igreja. O grão de luz que receberam chama-se logos, e o poder do logos pode fazer de um homem singelo, sem maiores pretensões humanas, um instrumento poderoso de cura e restauração. Ainda que você não possua aquilo que a sociedade estima como 'culto', mas em você a verdade de Deus deixará o seu selo. Você pode não ser rico, morar em uma mansão, não ter carro importado, nem fazer parte da elite social, não ter um título eclesiástico, mas o Logos mostrará algo em você, quase indefinível, que trará o aroma do céu; uma santidade sem esforço, uma franqueza sem arranjos, um amor verdadeiro, que é o autêntico avivamento. Provavelmente deverão acontecer muitos dias e noites; deverá haver muitas dores e lágrimas e muitas "dores de parto", com sucessivos atos de renúncia, de arrependimento e juízo próprio, antes que esta preciosa pedra seja passada para o próximo cristão. Mas é preciso que o Verbo se faça carne outra vez, pois só assim, vocês conseguirão enxergar no seu próximo, aquilo que as trevas do poder do império estavam ocultando. Vocês verão as pessoas com mais sentimentos. Aprenderão amar as pessoas e não as coisas. Valorizarão aquele que está ao seu lado, não pelo que ele possui, pela cor da sua pele, pelo título que carrega, pelo status social, e sim, pelo seu valor interior e pela luz que carrega dentro de si. E a cada dia que vocês fizerem isso, estarão trazendo vida a igreja, que depende destes valores, para cumprir o seu objetivo de influenciar esta geração. E para que ela, a igreja, esteja sempre viva, só depende de vocês. Eu, Sr. Kayrós, acompanhei a igreja desde o seu nascimento, a acompanho hoje no presente e espero vê-la no futuro, lá na glória, santa, irrepreensível e imaculada! Aí... Eu acordei!

Ah! Mas se isso for um sonho me deixe dormir, não quero acordar abrir os meus olhos e cair num pesadelo, e ver que nada mudou, eu quero esquecer o tempo que passou, e acreditar no futuro". Paz á todos.Pra deixar de ser um sonho, só depende de você!
Na verdade os versos que escrevo, nada mais são do que meus próprios sonhos, que acabam se tornando realidade; sendo assim, posso realizar o que quiser, fazendo simplesmente meus próprios versos. Luiz de Jesus®

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradeço de coração, o carinho, a atenção e interesse com que vocês vêm acompanhando a minha poesia há alguns anos e a você que está tendo o primeiro contato com meus textos agora. Fico muito feliz que embora muitos rostos se encontram muitos distantes, outros eu nunca os vi, mas a poesia os deixam bem próximos de mim. Dou graças a Deus por ter me dado esse Dom, que me permite transmitir sentimentos e resgatar a sensibilidade da alma de cada leitor. Por que na verdade os versos que escrevo, nada mais são do que meus próprios sonhos, que acabam se tornando realidade; sendo assim, posso realizar o que quiser, fazendo simplesmente meus próprios versos. Porque sonhos que se sonham só, podem ser uma ilusão, mas sonhos que se sonham juntos...se realizam. E você faz parte deste sonho!
Obrigado!
Luiz de Jesus®